quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

No ordinary love.

Fácil é fazer drama, xingar, se lamentar e cobrar. Difícil é fechar os olhos. É passar a noite acordada, esperando ver você. Difícil é fazer cara de difícil, é fingir que não se importa, mesmo quando se rasga por dentro. É ter a certeza de que aqueles versos não são teus. É saber exatamente de quem são. É fazer pouco causo, é tirar um barato de vez em quando. Mas cá entre nós difícil mesmo, é servir de ombro amigo, mão amiga, boca amiga, corpo... E isso tudo pra que? tem coisas que não são. Eu sou tá vendo? me vê!
Acho que não tem nada mais fácil, tá tudo muito difícil, tudo muito complicado. Tudo tem um grau de dificuldade do qual eu não me sinto capaz. Eu só queria acordar, e ter quem eu quero do meu lado. Só queria passar os dias rindo, não a minha risada de agora aquela de outros tempos. Quero fechar os olhos e dizer que a gente amadureceu. Te arrancar de mim, quando der vontade e te trazer pra perto quando eu estiver só. Fortes mesmo, são aqueles que guardam pra si. Ao contrário daqueles, que escrevem pra ninguém.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Alone.

Tenho medo de ficar limitada. Esquecida. Como aquela caixa de leite meio vazia atrás do pote de manteiga na geladeira. Que todo mundo ignora, e substituí por uma cheia. Eu não sei mais me prender. Perdi a concentração. Tem um livro e eu o quero ler a mais de um mês, mas eu não consigo. Não consigo simplesmente parar pra aquilo. Não sei mais esvaziar minha mente. Tenho costume de deixar as coisas pela metade. As coisas, as palavras, as pessoas. Daí eu disse que não, daí ele disse que sim. Daí eu disse que tanto faz. E pronto. Foi o que ficou. E não tem jeito, quando uma coisa fica não se volta mais atrás. Não se retrocede palavras. E o tempo? Nunca para, nunca volta nunca cura. Só eu sei o que é. Mas não divido, não se passa um fardo a diante. Já não sou mais o que era, passei a ser o que me tornei. E eu não sei dizer o quanto isso é bom, nem é.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

No Fear.

Um dia tu descobre que não é tua aquela dor. Não são teus aqueles versos, que nada mais te pertence.NADA. Você nada mais é do que alguém no meio de tantos que quer ser ouvido, tem uma dor e quer que todos a conheçam independente do motivo o que você quer, na verdade é escutar palavras de conforto que lhe digam: Olha, ele vai voltar. Veja bem, o amor é assim. Assim como? Como pode se doer e achar isso bom, como pode tentar fazer pessoas entender o que nem tu mesmo consegue entender que dirá expressar abertamente o que ti é desconhecido. Tantas coisas foram te privadas, tantos medo reprimidos que ficam guardados em linhas traçadas hora a tinta e papel, hora imortalizados por dedos que digitam rápido em busca de se livrar logo desse peso. Cada hora que passa a respiração pesa mais, o peito mais enche de um sentimento qualquer, e você continua aqui na esperança de ouvir aquelas tão sonhadas palavras de alivio imediato. Tudo que bate volta. É a lei da vida, como uma droga que vai lhe trazer um prazer sem igual no primeiro minuto e depois? Eu me pergunto. Depois, tu viciará e todo dia tentará expulsar teus monstros, claro que em vão. Claro que eles não vão embora. Um ciclo, uma renovação do que é todo dia. E assim é se doer, só quem sabe sabe. Sente quem for capaz e tenta escrever quem estiver tão entorpecido a ponto.

domingo, 10 de outubro de 2010

Second.

Hoje eu prendi a respiração por 5 segundos. Longos 5 segundos, em que eu fechei meus olhos embaixo do chuveiro.Vi toda a minha vida se passar. Nesses 5 segundos em que fiquei imersa a mim levei rapidamente minhas mãos até meu rosto, espalhando a água que caia por eles. Logo em seguida, esfreguei minhas mãos cada uma em um braço com força como se quisesse limpar algo. Algo que não parecida estar ali, algo interno. Parei e soltei um suspiro longo. Ainda de olhos fechados, os segundos pareciam não passar. Eu sentia a água escorrer pelo meu corpo, escutava o barulho dela descendo pelo ralo. Então abri meus olhos, e dei de cara com a realidade assim, com força bati contra o murro. Me encontrei sozinha e com frio ainda embaixo do chuveiro como se o tempo não tivesse passado como se nada fosse por acaso.

Survivor.

Eu nunca achei que devesse  me sentir agradecida por isso. Quer dizer, como posso me sentir bem com uma coisa que dói às vezes? Queria ser plena, queria conseguir te agradecer a noite mas eu não consigo. As vezes choro baixinho, no escuro. Espero que você entenda, ou não. Devo ser a tua filha mais rebelde a que mais te cobra, mas veja bem como devo concordar com tudo e dizer amém? Me lembro quando era criança, logo cedo aprendi que tu é a coisa mais importante que existe e que ama a todos IGUALMENTE. Mas esse igualmente, não é por igual, não é nada igual. Logo percebi que tu não estava lá sempre nem pra mim, nem pra muitas outras pessoas. Pessoas que nada tinham, pessoas que se apegavam a você... Acho que a gente não deve se apegar a nada, talvez por isso eu esteja assim, eu não sei talvez você esteja me punindo por algo que eu fiz ou que faltou. Acontece que às vezes eu queria ser diferente, cansei de ser toda pra dentro, é ruim assim sabe? Viver uma vida toda assim, sentir que não vale a pena sentir essa falta de viver essa lacuna dentro de mim. Queria ser plena, de ti ou de qualquer outra coisa. Querer. E o poder cadê? Cadê que eu não te vejo. Veja bem, as noites são todas iguais os dias são iguais. Pronta pra receber mais uma dose das dores do mundo. Em doses assim bem pequenas, pouco a pouco. Enquanto tem gente por aí que nada sente, que não está preocupado com a dor da gente. I'm a survivor. Se isso é bom ou não, já não sei. 

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Love in the Afternoon.

Ícones da música, ícones de vida. Exemplos consideráveis de força, perseverança e coragem. Amigos.

É tão estranho 
Os bons morrem jovens
Assim parece ser 
Quando me lembro de vocês "


Meus heróis morreram de Aids e os seus? 

sábado, 2 de outubro de 2010

Just Friends.

E faz tempo que eu quero lhe dizer. Aquilo tudo que já não cabe mais em mim.Sinto um aperto danado no peito, toda vez que tu some. Te procuro por milhas e milhas, tento entender a minha insensatez. Me questiono: Por que? E nem uma resposta. Só ouço os passos imaginários la fora. Dentro da minha cabeça uma voz, como um eco me lembrando tudo o que eu não pude dizer. Eu voltaria atrás do tempo, como naquela canção. Só pra ti, por ti. Me sinto como uma criança que anseia um brinquedo novo. Passo meus dias a pensar te, fazendo mil planos para tardes que não teremos, sorrisos que não veremos e os olhares que por ventura não trocaremos. Mas ainda assim, posso com clareza dizer que és a melhor parte de mim, tudo aquilo que me falta, meu anseio sem fim.